quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

"Soneto - Imperfeito - para um amor banal"

.
"Flower Bed August" - Duy Huynh
.
Quisera tecer um tapete,
- Qual Penélope a esperar Ulisses -,
Com um tênue fio azul celeste:
A cor das mentiras que me dizes.

Milhares, porém, são meus enganos.
Infinitas, do amor, as possibilidades.
Demasiados, os meus pobres anseios
E as minhas tolas perplexidades,

Que, a cantar, me obrigam:
- na intensa e fria madrugada -
Uma canção desmesuradamente vâ:

Retrato de um amor banal;
Um desses, que se inventam do nada
E, sem nem começar, encontram ponto final.

J. L. Santos

.

6 comentários:

  1. «quisera tecer um tapete»
    Ah, se quisera...
    beijinho

    ResponderExcluir
  2. Minha querida Flor
    Lindo poema, como sempre.

    Beijinhos
    Sonhadora

    ResponderExcluir
  3. Anônimo24/2/10

    "Um desses, que se inventam do nada
    E, sem nem começar, encontram ponto final."

    oh!esquecemos o ponto final,o ponto final acaba com todo o fim.ah ponto final nos esconde o que futuramente poderia acontecer,não gosto do ponto,prefiro três...

    ResponderExcluir
  4. Lindo amiga Flor.

    abraços

    Hugo

    ResponderExcluir
  5. Flor. como sera belo tecer o tapete...mas simplesmente de amor.
    Beijinho Lisa

    ResponderExcluir
  6. Quantos tapetes teceríamos com as mentiras de nós próprios, e de quem nos cerca. Mas amor que se preza tem a verdade do mais puro azul. Um abraço, Flor.

    ResponderExcluir

Que bom que você veio! A casa é sua, puxe uma cadeira... aceita um café, uma água, ou prefere algo mais forte?