quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

"Lamento em Voz Baixa"



A vida que não tive
morre em mim até hoje.
Chega, límpida, pura,
sorri, pálida, foge.

A vida que não tive
salta, viva, de tudo.
Se me sorri nos olhos,
com que ilusão me iludo.

A vida que não tive
é o que há de mim em mim,
chama, orvalho, segredo
do nunca de onde vim.

Emilio Moura

Imagem daqui


Um comentário:

  1. Querida Flor,
    que poema lindo e um pouco triste...sombra que acompanha o passar dos dias...
    Beijinho

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Que bom que você veio! A casa é sua, puxe uma cadeira... aceita um café, uma água, ou prefere algo mais forte?