sábado, 2 de abril de 2011

"Visita"



Que ela chegue
sem clarins ou trombetas,
entre como facho de luz
pelas gretas da janela
e atravesse o quarto
na sua claridade.

Que ela chegue
inesperada,
como a chuva
na tarde calorenta
e faça subir o odor
de poeira molhada.

Que ela chegue
e se deite ao meu lado,
sem que a perceba.
Que me lave
com água da fonte
e me cubra
com o bálsamo branco
do silêncio.

Donizete Galvão


Desconheço a autoria da imagem

Um comentário:

  1. Um belo poema para o inevitável...que nos seja suave.
    Beijo amigo e saudoso


    Andas bem, minha amiga?

    ResponderExcluir

Que bom que você veio! A casa é sua, puxe uma cadeira... aceita um café, uma água, ou prefere algo mais forte?