sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

"Ver Claro"



Fotografia de Jovelino Matos Almeida

Toda a poesia é luminosa, até
a mais obscura.
O leitor é que tem às vezes,
em lugar de sol, nevoeiro dentro de si.
E o nevoeiro nunca deixa ver claro.
Se regressar
outra vez e outra vez
e outra vez
a essas sílabas acesas
ficará cego de tanta claridade.
Abençoado seja se lá chegar.

Eugênio de Andrade


Um comentário:

  1. um blog muito inspirador, um local a visitar muitas vezes! Parabéns!

    ResponderExcluir

Que bom que você veio! A casa é sua, puxe uma cadeira... aceita um café, uma água, ou prefere algo mais forte?