domingo, 10 de julho de 2016

Memórias de Dulcineia VII


Imagem Google

Quero que me devolvam o meu riso.
Inocente ou perverso, pertence-me.
Ouço-o, ainda, pela infância
fora quando ecoa na remota
memória da alegria.
Ouço-o na hora
de desocultar segredos,
golpeando palavras
ou inesperados silêncios.
Ouço-o, mesmo sabendo
que já não é possível
forjar, na voz, o breve instante
que vai do espanto
à original pureza do olhar.

Graça Pires


Às vezes


Foto minha

Às vezes, subitamente, a poesia te visita.
Pura.
Infinitamente pura.
Como uma rosa.
Melhor ainda:
como a idéia de rosa.

Emilio Moura