quarta-feira, 11 de junho de 2008

.
.
Colheste um verso
ao invés de flores dos meus olhos,
minha pele silvestre
já não se cobre mais,
o cheiro de alecrim invadiu entorpecente
tudo que tocaste dentro de mim.
Eis a fúria que habita minhas retinas
tontas de sal:
esse teu ser incandescente
que docemente
cega minha busca anterior
de outra atmosfera...
O invólucro suave de tuas mãos que dançam
sobre meus espinhos armanezando todo éter
que antes era solto no invisível
e que hoje tem os contornos da tua boca silente
fechada em sorrisos inefáveis.
.
Ivana Pascoal

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Que bom que você veio! A casa é sua, puxe uma cadeira... aceita um café, uma água, ou prefere algo mais forte?