domingo, 28 de dezembro de 2008

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Amiga minha, hoje no céu a Lua
Tem uma face que me lembra a tua
A Lua é sempre assim, ou é teu rosto
Que dorme no céu posto, amiga minha?
Ah, desce do teu nicho, rosto puro
E vem iluminar meu leito escuro.
Astro solitário, ó Sol
Ilumina meu poema da tua claridade matinal
Transfunde-lhe nas veias o éter com o azul
E torna-o simples.
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Vinícius de Moraes

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