quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

"Voz"

.
. Essa voz sai de mim
língua de fogo voraz
dragão sem espadas e jorges
Essa voz sai de mim
como sangue insensato
vampiro de presas cortadas
Essa voz sai de mim
como revoada de pombos
imensa liberdade presa em mim
Essa voz sai de mim
como despedida
ferida aberta de alguém que se vai
Essa voz sai de mim
como um frio punhal
que nos corta fundo
e nos faz gritar
arrebenta garganta louca
farta-me de emoções
neste palco dia-a-dia
faço da música
meu pincel e dessa voz
minha poesia
.
José Eustáquio da Silva

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