sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

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Minha saudade já não me afasta
de minha alegria,
não me infecciona mais
a válvula mitral,
e balança embalada pela
brisa mansa de agosto.

.Não amarga,
não está paginada nem dividida
é saudade adquirida.

.Minha saudade já consegue ser meu poema,
meu rosto calmo, ser capítulo de minha história.
Estou sozificado, falta meu sofrimento.

.Sobram sua falta e minha memória.
Minha saudade vive suspensa,
orbita pelo céu dos afetos
apagou apego, medo, solidão.

.Tem motivos pra ser só saudade e
é saudade até na extremidade.
Saudade do s ao e,
e esclarece-se quando
comigo não se aprece,
quando me esquece.
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Luiz Edmundo Alves

Um comentário:

  1. Flor
    Belissima ideia desta da desconstrução do malmequer.
    Parabéns
    bjs
    G.J.

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Que bom que você veio! A casa é sua, puxe uma cadeira... aceita um café, uma água, ou prefere algo mais forte?