quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

"Silêncio"

.
.
Silêncio, eis a tarefa de todos os gatos.
Poucos sabem perscrutar
(talvez ninguém em plenitude)
o grau de solidão necessária
ao saber auto suficiente
para ser felino e doméstico
em sua tarefa de monge guardião do
inextricável
em quem o homem não percebe
a metafísica natural,
recolhimento
saber
sensualidade e aceitação.
.
Artur da Távola
.

4 comentários:

  1. Flor,

    A música "Como o machado", do Lô Borges diz:
    "Aprendi a ser como o meu gato
    Que descansa com os olhos abertos"

    Os gatos deveriam ter o direito de ir e vir. Entrar e sair de nossas casas quando bem entendessem. Eles são uns dos poucos que carregam mistérios e sabem guardar segredos.

    Beijos!
    Alcides

    ResponderExcluir
  2. Maravilha de poema!!! Os gatos sim...guardiães do silêncio, e tantas coisas mais....
    Jinhos

    ResponderExcluir
  3. Alcides, esse gato do silêncio é
    sinuoso, anda com patas de veludo tem olhar sempre atento, e estranhamente é mudo.

    Beijos!

    ResponderExcluir
  4. Maria Clarinda,

    Que delícia é a tua visita, mais ainda teu comentário!

    Os gatos, guardiões de tudo: especialmente da liberdade. Saem à hora que lhes convém, deitam-se onde querem, comem o que gostam, gozam de nossa hospitalidade e das nossas carícias quando lhes agradam, mas recusam-nas quando se irritam.
    Em troca, oferecem-nos a sua beleza e a sua graça.

    Beijinhos e volte sempre!

    ResponderExcluir

Que bom que você veio! A casa é sua, puxe uma cadeira... aceita um café, uma água, ou prefere algo mais forte?