quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

"Para Nadar"

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Não há quem não feche os olhos
ao cantar a música favorita
Não há quem não feche os olhos ao beijar,
não há quem não feche os olhos ao abraçar
Fechamos os olhos
para garantir a memória da memória
É ali que a vida entra e perdura,
naquela escuridão mínima,
no avesso das pálpebras
Concentramo-nos para segurar a dispersão,
para segurar a barca ao calor do remo
O rosto é uma estrutura perfeita do silêncio.
Os cílios se mexem como pedais da memória
Experimenta-se uma vez mais
aquilo que não era possível
Viver é boiar, recordar é nadar .

Fabrício Carpinejar

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8 comentários:

  1. Texto super diferente...que ótimo.

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  2. Flor:
    Que maravilhoso poema. Adorei este verso:
    «O rosto é uma estrutura perfeita do silêncio.»
    Beijinho amiga

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  3. uia gostei hein
    Fui dar um mergulho
    bjoss
    HSUSHAAS

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  4. Minha querida Flor
    Muito belo poema...beijinhos de boa noite para ti.

    Sonhadora

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  5. Flor,

    Recordar é mergulhar na alma adormecida.

    Beijos!
    Alcides

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  6. Adorei o finalzinho que fala: "Viver é boiar, recordar é nadar " Lindo poema.
    Nunca mais vim aqui pq estava viajando. Estou voltando a ativa. Tenha uma ótima tarde ;*

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  7. Maravilha....é tudo isso..

    Beijo

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  8. Mas bah, Flor.
    Boiar e nadar...E boiar...E nadar!
    Lindo! Obrigado por compartilhar.

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