domingo, 13 de maio de 2012

"Diante dos Dois Retratos de Minha Mãe"

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Desconheço a autoria da imagem.

Amo minha mãe neste quadro plano
Pintada nos seus anos de menina
Face alva, olhar que ilumina
Tal qual um espelho veneziano

Aqui, minha mãe, não é mais suprema
Rugas marcam seu rosto conservado
Perdeu o brilho do tempo passado
De núpcias cantadas como poema.

Hoje eu comparo os dois descontente
A face alegre e a face triste
Densa névoa em áureo poente.

Mistério no meu coração persiste
Por que, aos lábios tristes, eu sorri?
E ao sorriso, chorei, quando o vi?.

Émile Nelligan

1879-1941


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Um comentário:

  1. Muito linda e bem profunda poesia! Ótima semana, beijos pra ti!chica

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Que bom que você veio! A casa é sua, puxe uma cadeira... aceita um café, uma água, ou prefere algo mais forte?