Imagem daqui
[...]
E não havia um nome para a tua ausência!
Mas tu vieste!
Do coração da noite?
Dos braços da manhã?
Dos bosques do Outono?
Tu vieste. E acordas todas as horas,
preenches todos os minutos,
acendes todas as fogueiras,
escreves todas as palavras.
Um canto de alegria desprende-se
dos meus dedos quando toco o teu
corpo e habito em ti e a noite não existe,
porque as nossas bocas acendem,
na madrugada, uma aurora de beijos.
[...]
Joaquim Pessoa

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