Escultura de Auguste Rodin
Tento explicar:
o desalinho da ternura nas tuas mãos bordando mistérios nas linhas do meu rosto.
Nos fios do meu cabelo.
O silêncio dos teus dedos infinitamente enrolando e desenrolando os caracóis que me tombam sobre os olhos para esconder o sutil esvoaçar do medo...
Tento explicar:
as tuas mãos redondas, como ninhos.
O colo das tuas mãos, antiquíssimo resgate da minha solidão.
Para sempre.
Ana Mateus

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