terça-feira, 27 de maio de 2008

"A Dama"

.
.
Sou muito
Sou nada
A fagulha que lhe escapa
.
Sou morna
Insossa
Beijo-lhe a boca
Como se nada fosse
.
Sou frígida
disfarço
Em gargalhadas
sórdidas
o maltrato
.
E no gargalo
da garrafa
amaldiçôo
o dia em que
o conheci
.
Cuspo do lado
o rancor bem guardado
Com doce sorriso
levanto-me
e parto.
..
Flávia Trigo

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