terça-feira, 1 de outubro de 2019


Imagem: Pinterest

Como pode
a mais frágil borboleta
transportar em si
montanhas
cidades rios oceanos
a bandeira caída no azeite
o poente cigano que pede boleia
a nuvem em tamanho natural
a metafísica do sangue
o véu em chamas
a casa feita de água
o vento batendo portas e janelas
ao longo deste corredor feito de palavras
e como se isso fosse pouco
eu
e a tua ausência.

Artur do Cruzeiro Seixas



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Que bom que você veio! A casa é sua, puxe uma cadeira... aceita um café, uma água, ou prefere algo mais forte?