Desconheço a autoria da imagem
Um deus também é o vento
só se vê nos seus efeitos
árvores em pânico
bandeiras
água trêmula
navios a zarpar
Me ensina
a sofrer sem ser visto
a gozar em silêncio
o meu próprio passar
nunca duas vezes
no mesmo lugar
A este deus
que levanta a poeira dos caminhos
os levando a voar
consagro este suspiro
Nele cresça
até virar vendaval
Paulo Leminski
Um comentário:
Belo poema. De facto esse deus levanta vendaval...
Beijinho
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