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Deslumbra-te, agora,
com essa luz. É tua!
Tua ausente embora
numa ausente rua.
Nunca te atormente
sabê-la perdida.
Renasce fremente
como a própria vida.
Como a vida feita
de noite e de espera,
canção imperfeita
de anjo e de fera.
Deslumbra-te, eia!
Com esta luz que mais se alteia
quando tudo rui.
Alphonsus de Guimarães Filho
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