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Tu já me arrumaste no armário dos restos
eu já te guardei na gaveta dos corpos perdidos
e das nossas memórias começamos a varrer
as pequenas gotas de felicidade
que já fomos.
Mas no tempo subjetivo,
tu és ainda o meu relógio de vento,
a minha máquina aceleradora de sangue
e por quanto tempo ainda
as minhas mãos serão para ti
o noturno passeio do gato no telhado?
Isabel Meyrelles
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