Pintura Digital, by Sr. do Vale
E quando o tempo terminar de esculpir meu corpo,
Com seus martelos pesados e seus cinzéis afiados,
Dele tirando todo o excesso de vaidades e matérias,
E do corpo, enxuto de músculos e pecados, minh’alma se apartar,
Espero ser compreendido pelas dores que, sem querer, causei
E ser admirado pelas dores que sofri na calada de meu viver.
Se é que o juízo final é mesmo uma balança imparcial,
E minhas cinzas puderem ser divididas em duas partes e um peso só,
Então que uma porção seja jogada no inferno e a outra no paraíso.
Que eu possa, finalmente, descansar em paz.
Oswaldo Antônio Begiato
3 comentários:
Pôxa, mandei uma mensagem pra vc mas não consegui publicar.
Um chá, tá de bom tamanho
Poema forte. Na balança do juizo final quem sabe o que nos reserva? Não é mesmo.
Milhões de beijos
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