Imagem: Google
Talvez até a vida seja simples.
Os meus lábios são, por exemplo,
feitos de vento
e a minha voz é uma cortina de fumo
para me defender do frio.
Lembrei-me um dia
de cortar os dedos
para não mais escrever poesia.
(Nunca chorei tanto
em toda a minha vida!...)
Hoje tenho a convicção das dunas,
sei que os meus cabelos
escrevem 365 livros por ano
e procuro sozinha o Infinito.
Maria Azenha
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