A couve ao sol,
o boi ao chão,
dormem o sono
lento (o inverno)
que dormiriam
folhas de lírios,
fios de larvas,
achas de lenha,
pedras, rios.
(E a couve mais,
que presa ao chão,
como nasceu,
pouco se move
em benefício
de seu verdume,
seu viço).
Mas sobre a relva,
em meio à tarde,
ou precipício
do sol, sem mais,
quando se enterra,
o olho do boi,
que se revela,
rumina
em lenta espera
o olho da cancela,
que para fora
se abre e não mais
se fecha.
Júlio Machado
imagem via Deus e eu no sertão/Facebook
Nenhum comentário:
Postar um comentário