imagem: facepage Fabrica de Escrita
Noite, manto do nada
Onde se acolhe tudo,
Melodia parada
Nos ouvidos de um mudo.
Mãe do regresso, paz
Da batalha perdida;
Seiva morta onde jaz
A renúncia da vida.
Pecado sem perdão.
Aceno sem ternura
Noite, o meu coração
Anda à tua procura.
Miguel Torga
em "Diário III"
Nenhum comentário:
Postar um comentário