Foto: Stefano Martini/Revista Época
O menino sonhava em voar.
A realidade exigiu brevê.
O traficante deu asas ao sonho do menino,
Fez dele o avião.
Ele voou alto demais.
Chegou só topo do (seu) mundo,
Mas não deu tempo de curtir a vista.
Lá de cima, com uma arma apontada pra cabeça,
A paisagem se confunde com a velha realidade:
Na favela, morro é verbo.
Allan Dias Castro
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