Pintura Surreal de Jeff Christensen
começo esta carta no leito
do rio retornado
depois do desaparecimento do mundo
com nosso filho nos braços
e seu hálito recolhido
nas linhas da mão
escrevo no couro do tempo vivido
no rio de agora quase um não rio
deixo suas línguas lavarem a dor
escorrida pelos dedos
enquanto a criança bebe do leite
que um dia fomos
do rio retornado
depois do desaparecimento do mundo
com nosso filho nos braços
e seu hálito recolhido
nas linhas da mão
escrevo no couro do tempo vivido
no rio de agora quase um não rio
deixo suas línguas lavarem a dor
escorrida pelos dedos
enquanto a criança bebe do leite
que um dia fomos
Inês Campos
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