Fotografia: Lace shadow, de Myrika
Tocar a seda nua
que pelos dedos sabia
e ler o arrepio do corpo
à boca do tempo
Ser contigo a vontade desbragada
a paixão faminta
a canoa que, à luz extinta, balança no abismo
Ser uma língua de mar, a doce fúria,
a implacável transgressão
neste viscoso silêncio
Ser no vazio conquistado
o âmago da tua sombra
Edgardo Xavier
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