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eu o levei ao rio entre junquilhos.
Mas sincero não era
era só homem
e deixei nos junquilhos
a esperança de dar à minha espera serventia.
Porque era um homem forte
eu o levei ao rio entre junquilhos.
Mas forte ele não era
era só homem
e entre pedras deixei
o meu desejo de abandonar o arado, a forja, e a lança.
Porque podia me amar
eu o levei ao rio entre junquilhos.
Mas amante não era
era só homem
e na água afoguei
a minha sede de palavras mais doces que ambrosia.
Porque era um homem
só homem eu o levei
ao rio entre junquilhos.
Marina Colassanti
Marina Colassanti
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