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Rendo aqui minha homenagem às mães,
modernas, tradicionais, em casa , no trabalho,
ou em qualquer canto do céu onde se encontrem.
Sempre nos lembraremos daquele olhar,
do colo, do aroma de impossíveis lavandas...
do jeito apaixonado de mãe,
com suas sublimes chantagens,
seu intento manhoso querendo-nos,
coruja, seus eternos filhotes,
pimpolhos sob suas desdobradas asas.
Esquecem, as doces matriarcas, que o mundo,
o vago Espírito, a diferentes rumos nos convoca e que,
como elas um dia por bem fizeram,
cumpriremos , filhos indepedentes,
nossas próprias tramas.
Esquecem que a terra, ao pó implacável,
um dia de volta suas carcaças demanda.
E que Deus, os anjos, ou o espírito que seja,
também para outros mais sutis ofícios
suas porções divinas reclamam.
E, quando não há mais jeito,
nos deixam com a saudade, o silêncio,
a mais doce memória inflexível ao tempo.
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Fernando Campanella
Fernando Campanella
2 comentários:
O detalhe da ilustração desse poema, é algo que mexe com a alma! Parabéns, Fernando Campanella, e mais ainda a Flor por tão linda postagem, aqui " Hats off" a todas as criaturas que concebem e trazem a vida!
Obrigada, Antonio... toda nossa admiração a Fernando Campanella!
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