Fotografia de Pol Kurucz
no sono o sonho acordado pulsa:
pudesse cravaria dentes invisíveis
na carne adormecida: escreveria
no rosto o poema impossível
que de manhã revelaria o espelho:
faria na pele a cicatriz exata
que só o fogo roubado dos deuses
petrifica: o sonho luta contra o sono
para arrancar da lama o que se esconde
para florir no tédio do deserto
o mar vermelho que exército algum
jamais atravessará: mas acorda
o corpo e o sono esquece: segue
dia afora o sonho: cego
por entre a multidão que adormece
Carlos Moreira
pudesse cravaria dentes invisíveis
na carne adormecida: escreveria
no rosto o poema impossível
que de manhã revelaria o espelho:
faria na pele a cicatriz exata
que só o fogo roubado dos deuses
petrifica: o sonho luta contra o sono
para arrancar da lama o que se esconde
para florir no tédio do deserto
o mar vermelho que exército algum
jamais atravessará: mas acorda
o corpo e o sono esquece: segue
dia afora o sonho: cego
por entre a multidão que adormece
Carlos Moreira
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