Tendas brancas
calçadas cinzas
mulheres marrons
homens ruivos
mercado negro
magros meninos pardos
morrem luas vermelhas
na areia quente de sangue azul
enquanto eu, a transparente
desejo cores da madrugada
o sonho é tão velho
quanto o mar eterno
a concha silenciosa
pede um vinho tinto
para a sede intensa
na praia
a ultima estrela
faísca piscadas
eu – a desprovida de cor
me mordo para acordar
antes do sol
e rumo à casa
- vazia de vida
arrastando atrás de mim
as cores roubadas da madrugada.
Márcia Leite
Fotografia de Amir NazemZadeh - Fly me to the moon
2 comentários:
Amiga Flor! As cores da madrugada tem todos estes tons,voz de silêncio,nostalgia da alma e coração desperto.
Beijinho bfs
Sou fascinado pelas cores da madrugada.
abraços
Postar um comentário