Na ponta de uma folha há uma gota indecisa,
vai crescendo, redonda, pequenina,
límpida e cristalina
como o esquife de um raio de luz...
De repente
a aragem tênue que passou
tremulou,
caiu...
E a gota pequenina sobre a terra fofa
desapareceu,
e o esquife de cristal partiu-se, e pelo espaço
livre, o raio de luz ressuscitou...
fugiu...
Eu conheço outra gota parecida:
a vida...
J. G. de Araujo Jorge
In "Bazar de Ritmos" - 1935
Fotografia de Antonio Carlos Castejón
Um comentário:
Flor! Este poema nos leva a cada um de nós,somos uma gota e vamos crescendo em gotas lindas,límpidas e cristalinas,e assim vamos fazendo a vida.
Beijinho e tudo de bom
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