Desconheço a autoria da imagem
Na minha cidade interior, tombou a noite
mansamente,
e acenderam-se pelas ruas humildes lampiões
de clarão morto e parado,
e as árvores longas dos jardins cresceram na
sombra densa
e no lajedo escuro dos passeios adormeceram os
passos dos passantes...
Na minha cidade interior, as ruas prolongam-se
nas estradas,
as ruas barrentas nas estradas barrentas, de onde
vem o cheiro da terra virgem,
e que se perdem na insondável distância, que é
um apelo
a todos os meus sentidos espirituais...
A minha cidade interior é um grande sonho de
humildade,
em que fermentam desejos de perdidas aventuras
anônimas
e ansiedades infinitas por ignotos mundos de
além...
Tasso da Silveira, in
Canções a Curitiba & outros poemas
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