Desconheço a autoria da imagem
A música no jardim
tinha dor inexplicável.
Um cheiro de maresia
vinha das ostras no gelo.
Ele disse: "Sou fiel!"
e tocou-me no vestido.
Tão diverso de um abraço
era o toque dessas mãos.
Como quem acaricia
um gato ou um passarinho,
sorria, com os olhos calmos,
sob o ouro das pestanas.
A voz triste dos violinos
cantava, em meio à névoa:
"Dá graças a Deus que enfim
estás a sós com o amado".
Ana Akhmatova
2 comentários:
E estar à sós com o amado é tudo de bom! Linda poesia! beijos,chica
Que momento único estar à sós com o mamado... Adorei! Uma semana linda pra ti!
Postar um comentário