Meus primeiros poemas escrevi-os
no silêncio sobre uma folha
de nada e cetim
arrepiada no beijo das calemas.
Ninguém os leu, ninguém os viu
adivinhei-os inteirinhos só para mim.
E ao fim das tardes roxas de paixão
vinha
de mansinho pendurá-los na cabeleira
verde-mar das casuarinas
xaxualhando pela
noite uma canção
voz de mágoa
de nada e de cetim
adivinhando as saudades
bailarinas
da terra que não sai dentro de mim.
Namibiano Ferreira
Um comentário:
esses versos de onde viemos, e trouxemos saba-se lá de onde, as lembranças, doces, verdadeiras, únicas aquelas que só nos conhecemos, e canta-se e espalha-se o que há de mais verdaddeiro.
belo verso!
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