O problema não é meter o mundo no poema;
alimentá-lo de luz, planetas, vegetação.
Nem tão- pouco enriquecê-lo,
ornamentá-lo com palavras delicadas,
abertas ao amor e à morte,
ao sol, ao vício, aos corpos nus dos amantes -
o problema é torná-lo habitável, indispensável
a quem seja mais pobre, a quem esteja mais só
do que as palavras acompanhadas no poema.
Casimiro de Brito
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