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É quando um espelho, no quarto, se enfastia;
Quando a noite se destaca da cortina;
Quando a carne tem o travo da saliva,
e a saliva sabe a carne dissolvida;
Quando a força de vontade ressuscita;
Quando o pé sobre o sapato se equilibra...
E quando às sete da tarde morre o dia -
que dentro de nossas almas se ilumina,
com luz lívida, a palavra despedida.
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David Mourão-Ferreira
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É quando um espelho, no quarto, se enfastia;
Quando a noite se destaca da cortina;
Quando a carne tem o travo da saliva,
e a saliva sabe a carne dissolvida;
Quando a força de vontade ressuscita;
Quando o pé sobre o sapato se equilibra...
E quando às sete da tarde morre o dia -
que dentro de nossas almas se ilumina,
com luz lívida, a palavra despedida.
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David Mourão-Ferreira
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5 comentários:
Também o meu dia...começa muito depois das sete...
Beijinho, querida
Texto show viu Flor...abraços
Hugo
Nosso-Cotidiano
oh flor melhor que não ouvesse a despedida porém se há a despedida com certeza há de vir a volta.
Digamos que a vida é ida e volta.
bjusss flor!!!
Adoro este poeta e sua alma lusa cheia de lirismo...
Bjs.
Flor,
Para mim também houve muitas despedidas após às sete, mas ao raiar do sol era sempre uma festa a minha chegada.
Hoje, com um pouco de sorte, podemos ver juntos o pôr do sol.
Beijos!
Alcides
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