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A casa tinha os ouvidos virados para o mar.
Era branca como a maioria das casas antigas.
No telhado o vento e a chuva escorregavam, só os raios de sol permaneciam por mais tempo.
Quase não havia paredes por serem tantas as portas e janelas.
A casa era mais um entrar e sair do que um ficar.
Muitos passavam.
Eu passei.
Mas essa casa continua em mim.
Em minha pele seu cheiro se percebe de longe.
Sua forma não sai dos meus olhos.
E os passos de quem ali viveu ainda se arrastam em meus ouvidos.
Geraldo de Barros, aqui
3 comentários:
Minha querida
como sempre belos os poemas que escolhes.
deixo o meu carinho e um beijinho
Sonhadora
os sons que gostamos, ficam sempre registrados em nossos ouvidos.
abraços
Flor! A nossa casa é o ninho que se constroi e onde temos as alegrias e tristezas,nela guardamos os cheiros e emoções,e onde deixamos o olhar.
Gostei muito deste texto.
Beijinho bfs
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