E depois talvez venha
O anjo da visita e do poema,
E traga o lume e a lenha
Do incêndio pedido.
Talvez venha,
De ritmos vestido.
Talvez. E, como outrora,
Ponha sobre a cabeça
Do poeta de agora
Os versos que ele mereça.
Em forma de grinalda,
Inocente e florida,
Talvez o faça ungido
Dum grito a mais na vida
Inútil e dorido.
Miguel Torga
In: Antologia Poética
Ilustração "Beyond Belief", de Melanie Delon
Um comentário:
Minha querida
Passando para agradecer a visita, tinha saudades de te sentir no meu cantinho, eu passo por aqui muitas vezes para ler os belos poemas que sempre deixas.
Beijinhos com carinho e volta sempre
Sonhadora
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