Desconheço a autoria da imagem
Ele era belo
e oco.
Um dia, abriram-lhe a boca oca
e as orelhas e as narinas limpas
e o ânus e a cabeça vazia
e em todos os orifícios
enfiaram pequenas lanternas.
Oh, triste e magnífica constatação!
Ele era belo e oco
e ecoava dentro de sua carcaça
o brilho reflexivo
de um milhão de teias de aranha.
Adriano de Oliveira
Um comentário:
As belezas ocas são nojentas.
Beijo, minha amiga
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