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Amigo: a tua próxima presença
Anuncia-me o mistério ainda não revelado.
Virás como o sonho, na noite, caído sobre as pálpebras
E como a alvorada debruçada sobre o mundo.
Virás com o teu verbo quente e a tua mão leal
Para o aperto solidário que nenhum poder separará.
Virás juntar a tua vida à minha vida,
Comer o mesmo pão, sugar o mesmo sol.
E virás, com o silêncio das horas em que as nossas bocas
não saberão falar,
Para selarmos num poema eterno o milagre das nossas almas
reveladas,
A fecundar a poesia viva as nossas vidas que não queremos estéreis
e ignoradas.
Vasco Miranda
Amigo: a tua próxima presença
Anuncia-me o mistério ainda não revelado.
Virás como o sonho, na noite, caído sobre as pálpebras
E como a alvorada debruçada sobre o mundo.
Virás com o teu verbo quente e a tua mão leal
Para o aperto solidário que nenhum poder separará.
Virás juntar a tua vida à minha vida,
Comer o mesmo pão, sugar o mesmo sol.
E virás, com o silêncio das horas em que as nossas bocas
não saberão falar,
Para selarmos num poema eterno o milagre das nossas almas
reveladas,
A fecundar a poesia viva as nossas vidas que não queremos estéreis
e ignoradas.
Vasco Miranda
Um comentário:
Já não posso dar-te a mão, cheguei tarde
Entre ruinas procuro o sentido, a razão
Já não canto aos deuses, não rezo
Já esqueci o sabor do desprezo, não desprezo
Tracei um círculo de solidão
Ausente do meu nome está o chamamento
Jazem mudas as folhas de silêncio
Errantes brumas ao sabor do vento
Percorri um longo e tortuoso caminho
Moro numa casa da memória no topo da saudade
Prodígios de mil cores espalhei pelo caminho
Pintei almas, mentiras, girassóis e singelas verdades
Boa semana
Doce beijo
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