Imagem: casa da minha infância visitada através de Mr. Google Maps.
(Hj sem árvores, sem riacho sem crianças)
A casa era por aqui...
Onde? Procuro-a e não acho.
Ouço uma voz que esqueci:
É a voz deste mesmo riacho.
Ah quanto tempo passou!
(foram mais de cinquenta anos)
Tantos que a morte levou!
(e a vida... nos desenganos...)
A usura faz tábua rasa
Da velha chácara triste:
Não existe mais a casa...
- mas o menino ainda existe.
Manuel Bandeira
2 comentários:
Uma viagem no tempo, sustentada no espaço, que não raro nos toca profundamente a Alma, com todo o peso da infância até ao presente momento, reavivando memórias em parte suprimidas pelo quotidiano dos intermédios dias correntes! E o pior é quando à dimensão espacial e humana do presente, falte o melhor do espaço e do humanismo já idos!
À menina que ainda existe, mesmo que o seu espaço já não,
deixo um empático abraço
Certas fotografias parecem que têm voz... e gritam o tempo que se foi!
Grande abraço.
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