A verdade chega sempre ao amanhecer,
quando a luz se alonga em labirintos de sombras
e as aves acordam da inocência dos sonhos,
agitando os corações em pleno voo.
Antes de me tocares a pele;
toca-me a alma!
As cinzas da noite, levou-as o novo dia,
toda a chama arde, tudo se consome.
quando a verdade mascara o seu nome
nos doces delírios da amarga mentira.
Sopro do amanhecer,
modela a voz e acaricia as sílabas,
e antes de me tocares a pele,
toca-me a alma...
... eu gosto das brisas suaves,
e da força dos vendavais,
das tempestades e furacões,
e das palavras reais!...
Toca-me a pele
antes de me tocares a alma,
desperta-me da inocência do sonho,
sopro do amanhecer...
Margusta Loureiro
Arte de Agnieszka Wencka
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