Tua ausência
rumor branco e inaudível
na paisagem perturbada.
Táctil
na aspereza dos dias,
no calafrio do corpo.
Uivo de coiote,
prolongado ai de quem
à boca da noite
espera e não tem,
condenado da errância
de te amar à distância.
Miguel Afonso Andersen
em "Circum-Navegações"
(Arte de Cosimo Ruggieri)
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