.
Imagem Google
.
Dentro da velha casa de bonecas
minha predileta está meio desconjuntada
braços de pano pendentes
cara de nada absoluto
Bobagem ou contradição em termos
não pode ser o nada absoluto se ainda é uma boneca
mesmo quase desfeita
mas penso :
parte dela virou pó
não é mais a boneca que foi
porque começa a navegar no nada
Triste e um pouco assustada
olho o espelhinho da casa e percebo que
o nada absoluto está em meu rosto também
Adelaide Amorim
.
4 comentários:
Minha querida
Um lindo poema...transporta-nos para a infâcia.
beijinhos com carinho
Sonhadora
Adorável teu blog.......
abraço
Celso
Querida Flor
Me encantam essas bonecas assim como o poema. Lindo.
Beijinho de amizade p'ra ti.
Isabel
O poema é maravilhoso, um adorável retorno a um conforto antigo.
Beijo
Postar um comentário