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Florbela Espanca
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Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer a razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!
Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!
«Tudo no mundo é frágil, tudo passa...»
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!
E, olhos postos em ti, digo de rastros:
«Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: Princípio e Fim!...
Florbela Espanca
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5 comentários:
Não conhecia esse poema...belo.
abraços
Adoro Florbela Espanca e este soneto é lindo.
Um beijo
Flor
Flor,
Esta letra ficou perfeita na melodia cantada pelo Fagner. Me lembrei do Interlúdio com Florbela, postei esta música e foi lá que nos conhecemos.
Beijos!
Alcides
Amo Florbela, e foi uma feliz sorte navegar e encontrar o teu blog.
Adorei as escolhas dos poetas e a sua sensibilidade nas gravuras...!
Um gde abraço...
ah... gostaria de ser add no seu orkut.
Mas bah, guria.
Conheci este soneto na voz de Raimundo Fagner, só bem depois li Forbela...
É lindo!
Parabéns pela escolha.
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