Imagem Google
Um colarzinho de contas no pescoço,
as mãos sumindo num amplo regalo.
Os olhos passeiam em torno distraídos
e já não têm mais com que chorar.
A seda, que é quase violeta,
faz o rosto parecer mais pálido.
A franja, de cabelos tão lisinhos,
já chega até quase as sobrancelhas.
Não se parece em nada com um vôo
esse jeito lento de andar
como se numa jangada pisasse
e não nas pranchas firmes do assoalho.
A boca pálida, entreaberta,
o fôlego cansado, ofegante...
contra o peito treme o ramalhete
deste encontro contigo que não houve.
Anna Akhmátova
(tradução de Lauro Machado Coelho)
4 comentários:
Que linda, que maravilhosa cançoneta!
Bom fim-de-semana,
Beijinho
Minha querida
Um poema lindo, como sempre.
Deixo um beijinho e bom fim de semana
Sonhadora
Ótimo texto e belíssima imagem.
abraços
de luz e paz.
Hugo
Achei uma delicadeza esse poema .
Vou levando comigo rs
depois digo que achei aqui rsrs
Anna Akhmátova , vou pesquisá-la.
... encontro que nao houve ,
cansa-me florzinha tive alguns rs
deixo meus abraços
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