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Negra como pupila; como pupila, sol
Sugado — eu te amo, noite.
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Dá-me uma voz para cantar-te, mãe-matriz
Dá-me uma voz para cantar-te, mãe-matriz
Da canção, que tens as rédeas dos quatro ventos.
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Quando te invoco e te venero, sou só
Quando te invoco e te venero, sou só
Uma concha, que o oceano ainda soa.
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Noite! Já vi demais a pupila dos homens!
Noite! Já vi demais a pupila dos homens!
Incinera-me, sol carbonizado — noite!
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Marina Tsvetáieva
Marina Tsvetáieva
Tradução: Augusto de Campos
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