"Separação"

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Que a distância e a frieza do tempo

Não apaguem em mim o som do seu riso

Pois seríamos amor se as circunstâncias

não fossem íntimas do equívoco.

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Que a poesia possa me perdoar,

Pelo silêncio em todos os meus sentidos.

Que os mais reticentes possam entender

Que eu não justifique minhas lágrimas

E tampouco o silêncio do meu lamento...

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Que a solidão, em alguns momentos, não seja maior

Que as lembranças tantas das quais me alimento

E se em noites mais longas de inverno, a palidez da lua,

A alma de poeta, o vinho, a dúvida de humana natureza me aflijam,

que eu mesmo entenda e me volte a certeza:

há momentos em que o próprio amor fraqueja...

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Tonho França