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Ele tem um lado gato
que ronca,
roça,
coça
e lambe o fundo do prato.
Uma pelagem
lânguida e lassa
que se devassa toda
só por um agrado.
E se revira
e se retorce
num relaxo mole
que mexe, beija e bole.
Dorme no capacho.
Mas tem um lado fera,
falso,
felino,
vil,
ardiloso.
É quando me destempera
e me domina,
e então me desrespeito em gozo.
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Flora Figueiredo
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