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O que mais tem falado em mim é o silêncio,
mas um silêncio plural – de fogo –
que com sua língua escarlate abrasa as palavras
e as queima antes de serem.
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Um silêncio de lá, de longe – das plagas interiores –
que fala o tempo todo sem dar nome ao dito.
.
Em sonho é imagem: e vejo, inebriado,
a sua cara – semblante formidável:
tão formoso quanto pode ser um deus.
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O silêncio, este que fala e de que tanto falo,
é um hieroglífico poema,
e estes versos: tradução e codificação.
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José Inácio Vieira de Melo
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O que mais tem falado em mim é o silêncio,
mas um silêncio plural – de fogo –
que com sua língua escarlate abrasa as palavras
e as queima antes de serem.
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Um silêncio de lá, de longe – das plagas interiores –
que fala o tempo todo sem dar nome ao dito.
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Em sonho é imagem: e vejo, inebriado,
a sua cara – semblante formidável:
tão formoso quanto pode ser um deus.
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O silêncio, este que fala e de que tanto falo,
é um hieroglífico poema,
e estes versos: tradução e codificação.
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José Inácio Vieira de Melo
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8 comentários:
Noooooooooooooooooooo!
a primeira estrofe quase caí da cadeira ..skaoska
nas outras eu mantive a sanidade
Este blog eh uma delicia
E a música ao piano me deixou ao devaneios
"abobei"
Bejimm
Amada!
Tem selinho destinado à você e ao seu blog...
Espero que goste...
Escolhi você com muito carinho... ;)
Bjs
Flor,
O silêncio fala. E como fala!
Beijos!
Alcides
Mateus,
A poesia tem esse dom de nos deixar "abobados"... Beijos, querido, e desculpa a falta de tempo para retribuir a visita! Como sabes, estou de mudança: confusão plena!
Bom fds.
Nade,
Bom dia! Agradeço o teu carinho e vou buscar o selinho!
Grande beijo e bom fds!
Alcides,
Bom dia! Concordo, meu amigo. Certas horas o silêncio grita!
Bom fds e beijos!
ZOADA
Os livros foram lidos e tudo já foi dito:
resta o silêncio – este corvo doido,
resta a folha de papel em branco
urubuzando minhas dores,
buscando os meus anagramas.
Podem rir sem pesar,
o poeta está bêbado e não sai da linha torta.
Não aguardem a última risada,
pois nem o ruído da morte
arrepiará as pétalas deste silêncio,
nem os estrondos de todas as bombas
farão frente à zoada que me aflige.
JOSÉ INÁCIO VIEIRA DE MELO
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